Sitio de memória ESMA, espaco da verdade

27 de março de 2017

 

sitioA sede do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH) do MERCOSUL está localizada no Espaço Memória e Direitos Humanos (ex-ESMA), ao lado de diferentes organizações de direitos humanos, de instituições públicas e de espaços culturais.

O Espaço Memória ESMA tem lugar de destaque no local. Funciona no antigo Cassino de Oficiais, centro clandestino de prisão, tortura e exterminio da Escola de Mecânica da Marinha (ESMA). O espaço conta com instalação museográfica permanente, montada com base em testemunhos de sobreviventes e informações retiradas de arquivos históricos.

Para o IPPDH é uma honra, um compromisso e um desafio estar na exESMA. Nossa missão é trabalhar em conjunto em busca da memoria, da verdade e da justiça.

Desde 10 de março de 2017, o Espaço Memória tem novos horários de atendimento: de terças a domingos, das 10h a 17h. As visitas guiadas são realizadas entre terças e sextas-feiras, às 11h 30, 12h30, 14h30 e 16h. Aos sábados e domingos, os horários são às 14h, 15h e 16h30. A entrada é gratuita, mas não é apta para menores de 12 anos.

A mostra

O prédio é prova material nos procesos envolvendo a ESMA. A instalação museográfica não modificou nem alterou sua estrutura. É resultado do trabalho de uma equipe interdisciplinar.

As informações que permitiram reconstruir o funcionamento do centro clandestino foram tomadas, fundamentalmente, dos testemunhos dos sobreviventes. Uma primeira reconstrução foi possível graças à pesquisa realizada pela Comissão Nacional sobre Desaparecimento de Pessoas (CONADEP na sigla em espanhol) em 1984, à abertura de documentos e arquivos que as agências estatais vem realizando desde 2003 e também às informações obtidas durantes os procesos por crimes de lesa humanidade.

História

O edifício do Cassino de Oficiais funcionou como centro clandestino de detenção, tortura e exterminio da Escola de Mecânica da Marinha (ESMA). Durante a última ditadura cívico-militar, entre 1976 e 1983, existiram mais de 600 lugares semelhantes na Argentina. Nesses centros, cerca de 5 mil homens e mulheres foram detidos ou desaparecidos. Eram militantes políticos e sociais, de organizações revolucionárias armadas ou não, trabalhadores e sindicalistas, estudantes, profissionais, artistas e religiosos. A maioria deles foram jogados vivos ao mar.

print

Projeto financiado com recursos do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL
Creative Commons License Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.