16 de outubro de 2019
O Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) sediou a apresentação da candidatura do Museu Sítio de Memória Esma à lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, perante delegados culturais das Representações Diplomáticas dos Estados Membros da União Européia (UE). Esta atividade foi realizada em 11 de outubro.
O secretário executivo do IPPDH, Juan Miguel Bibolini, enfatizou a importância de se adicionar à lista de Patrimônio Mundial da UNESCO o Museu Sítio de Memória Esma: “Nós incentivamos, apoiamos e queremos que se realize. Aqui estamos trabalhando nesse caminho e dando impulso à agenda de direitos humanos, memória, verdade e justiça”.
“Para nós o importante é proteger esse local acreditando que, transmitir o que aconteceu aqui, ajuda a gerar uma viagem de ida e volta, que fortalece nossa democracia. O Museu Sítio de Memória da ESMA não é apenas um museu, é o resultado de anos de luta e convicções de muitas organizações e setores que foram tenazes em manter na agenda os assuntos relacionados à Memória”, afirmou Alejandra Naftal, diretora do Museu Sítio de Memória da ESMA.
A delegação internacional foi chefiada por Jordi García Martínez, Chefe da Seção Política dos Estados Membros da UE, que destacou a importância das relações entre a União Europeia e o Mercosul e o fortalecimento do pacto assinado pelas duas alianças no meio deste ano. “Viemos para entender o que ocorre neste local e para oferecer nossa ajuda, no que for possível, esperando que a candidatura tenha êxito quando apresentada à Unesco. Ficamos muito impressionados com o que vimos e com a qualidade do trabalho realizado aqui. ”
Nomeação do Museu para a Lista do Patrimônio Mundial
Em 2017, o Estado argentino solicitou ao Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco a inscrição do Museu Sítio de Memória da ESMA em sua Lista Provisória de Patrimônio Mundial, programa cujo objetivo é identificar e preservar bens patrimoniais de excepcional valor universal.
Sobre o Museu Sítio de Memória ESMA
A exposição permanente apresenta a história do antigo Centro Clandestino de Detenção, Tortura e Extermínio, que desempenhou um papel central na organização do terrorismo de Estado entre 1976 e 1983. São detalhadas as características da repressão ilegal com base no desaparecimento forçado de pessoas, os visitantes são colocados em contato com os testemunhos de vítimas e são convidados a refletir sobre o triunfo da oposição pacífica e a capacidade de persuasão das organizações de Direitos Humanos para alcançar consenso social e, finalmente, justiça. Além de seu papel de destaque na história argentina e regional, é uma instituição de importância internacional, que deve ser reconhecida e preservada.
Mais informações sobre o Museu Sítio de Memória ESMA, aqui.
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Fotos: Ramon Moser